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PARTIDA





Chamas crepusculares tingem nosso céu,
enquanto o sol imerge no infinito;
alí, vais, ao léu, sob as folhas viajantes
nesta janela de rito doloroso!



Com tristes olhos vermelhos orvalhados,
prosto-me às margens deste mar sereno
em contraste com meu tumultuado ser
e percebo o teu aceno ao longe!



Alma minha, doce viajante incerto,
descortinas na minha vida a solidão
- nuvem escura, esfumaçante em céu bravio...



Foste luz do sol acobertando o meu caminho 
pelas flores da tua paixão imensa,
quando minha vida era um rio vazio!




Comentários (1)

17/09/2010 11:02 - Jeronimo Madureira
E a saudade é o amor que fica! Parabéns, querida poetisa Cida! Bj!
10/09/2010 14:36 - Bryzza
Soneto encantador, apesar de triste. Grata pela visita, bj.
30/08/2010 11:17 - Antenor Rosalino
Os amores vão e voltam, Cida.E neste rito lôbrego do tempo, é preciso ser sereno, mesmo que se enfrente uma tempestade de desilusão. Um abraço com o melhor do meu carinho e, seja sempre muito feliz!
15/08/2010 08:07 - Rosa Righetto
Bom dia minha amiga...lindas metáforas...soneto maravilhoso...um lindo domingo pra ti...beijos carinhosos...
14/08/2010 15:28 - WRAMOSS
Um lindo soneto ! Mas ele não é mais ? Muito lindo ! Um beijo.


13/08/2010 20:20 - Médico de almas
Belissimo soneto preenchendo o vazio com essa luz de calor solar, parabéns abraços.