ATÉ QUE UM DIA

O ser humano sofre impedimentos

Que as leis lhe impõem em culto à liberdade.

Em tudo ele caminha em passos lentos

E sua alma, o receio sempre invade.

Quantas vezes em parcos fingimentos,

Ele demonstra apócrifa amizade,

Quando o animam diversos sentimentos

Que, em confessá-los tem necessidade.

Olhos nos olhos, coração sangrando,

Desejos reprimidos, quando em quando,

Explodindo em segredos naturais.

E a vida passa, e ficam da esperança

Desfeitos sonhos, lindos, na lembrança,

Até que um dia não se vejam mais!

Salé, 20/05/2003, às 07h e 52min