A UM POETA
Por todo esse tempo, bem o viste,
Tua ausência não mudou fidalgo aspecto
Do amigo mui gentil e tão discreto
Que no fazer dos versos traduziste.
Entendeste também o meu afeto,
Que já nos versos meus tu pressentiste.
Minh’alma de poeta, alegre ou triste,
Viu o bem que habita em ti, mudo e secreto.
Se o tempo não mudou nossa amizade
Que embora ausente, fez-se predileta
O destino nos deu esta certeza
Presente na lembrança há uma saudade
Que em soneto traduz este poeta
E tu me vens num instante, de surpresa.
Por todo esse tempo, bem o viste,
Tua ausência não mudou fidalgo aspecto
Do amigo mui gentil e tão discreto
Que no fazer dos versos traduziste.
Entendeste também o meu afeto,
Que já nos versos meus tu pressentiste.
Minh’alma de poeta, alegre ou triste,
Viu o bem que habita em ti, mudo e secreto.
Se o tempo não mudou nossa amizade
Que embora ausente, fez-se predileta
O destino nos deu esta certeza
Presente na lembrança há uma saudade
Que em soneto traduz este poeta
E tu me vens num instante, de surpresa.