A FOME

Todos vemos, através da Televisão,

Imagens de dor e sofrimento

De quem não tem roupa nem pão

Nem nada que garanta o seu sustento.

Vemos pobres pela fome vergados,

Vitimas do egoísmo e da ganância

De governantes e seus afilhados

Que nadam num mar de abundância.

Vemos seres humanos maltratados,

Que á mingua e á fome se consomem,

Enquanto cães de luxo e bem tratados,

À farta do bom e do melhor comem.

São as guerras cruéis e fratricidas,

Algumas impostas do exterior

Que causam fome e ceifam vidas,

Porque o Mundo esquece o amor.

Há dinheiro que gasto em armamento,

Vai encher os cofres de alguns países,

Em vez de ser gasto em alimento,

Que mitigasse a fome de alguns infelizes.

A Europa tem alimentos a apodrecer,

E impede os excessos de produção,

Preferindo ver tanta gente morrer,

E mandar-lhe armas em vez de pão.

Há tubarões que roubam pelo caminho,

E usam em seu próprio beneficio,

Os bens que por altruísmo e carinho,

Outros deram com amor e sacrifício.

Há dirigentes de nações poderosas,

Que em discursos lamentam a situação,

Mas suas acções são lentas, morosas,

E não passam de simples intenção.

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 26/09/2006
Código do texto: T249510