LÁGRIMA...
A lágrima que desliza em meu rosto, insistente,
E queima-me a pele numa fúria causticante!
É autêntico rio de lava flamejante!
Que pertinaz inunda-me a alma plangente...
É erupção que emerge abruptamente!
E ao escorrer, extirpa a dor tão lacerante,
Pois, meu ser mórbido, esquálido, agonizante!
Chora um amor vil, sem nexo, inconseqüente...
E essa lágrima que irrompe confortante!
Traz pro meu peito, moribundo e tão dolente!
O simples poder de um eficaz cauterizante...
E quando, esvai-se a angústia inquietante,
E a paz plena invade o coração tão dependente,
Então, acalento-me num torpor aconchegante...
Lindoval Rodrigues Leal
Porto Velho-RO 12/09/2010
lealrodrigues