TERNURA
Despertar às carícias douradas do sol,
brincar com borboletas em belos adejos,
bailar à liberdade em singelos festejos
cantados no trinar do arisco rouxinol!
Tal maravilha plena, de vida ideal,
deságua no destino do homem que, sem pejos,
cintila nas ações a ternura em lampejos,
cumprindo todo dia o encargo fraternal.
Do mais leve carinho, a brisa matinal,
às nobres cortesias, os tons do arrebol,
tudo fica mais vivo a tal ilustre andejo.
É certo que nem sempre a ternura vence o mal,
mas qual água amparando a terra em lençol,
abranda o malfeitor, pintando seus desejos.