Sangrar no poema...
A vida sangra pelas veias do meu verso
Molhando a página cortada em mil pedaços,
Sento-me calmo e sinto o corpo todo imerso
Numa metáfora de beijos e de abraços...
Vejo ao meu lado que alguém sangra como eu,
Pobre fantasma em busca apenas de um conselho,
Ele não sabe que sua imagem se perdeu
Numa outra imagem refletida no meu espelho...
Eu sangro agora no poema, devagar,
Gota após gota, feito chuva de verão,
Rima após rima, lentamente a me entregar,
Louco compasso de um ponteiro sem razão...
Sangro e definho como um verso singular
Que escorre calmo pela palma de uma mão...
A vida sangra pelas veias do meu verso
Molhando a página cortada em mil pedaços,
Sento-me calmo e sinto o corpo todo imerso
Numa metáfora de beijos e de abraços...
Vejo ao meu lado que alguém sangra como eu,
Pobre fantasma em busca apenas de um conselho,
Ele não sabe que sua imagem se perdeu
Numa outra imagem refletida no meu espelho...
Eu sangro agora no poema, devagar,
Gota após gota, feito chuva de verão,
Rima após rima, lentamente a me entregar,
Louco compasso de um ponteiro sem razão...
Sangro e definho como um verso singular
Que escorre calmo pela palma de uma mão...