PRIMEIRO AMOR

Estou a te esperar, meu bem, aqui,

desde o cruel momento em que partiste.

Não sei se tu também por mim sentiste

o amor tão forte que eu senti por ti.

Lembro-me bem: com indiscrição, a lua

naquela noite iluminou nós dois

somente para contemplar depois

a minha boca a residir na tua...

Debalde, eu esperei eternidades

para desabafar em teu calor

essa tão grande ânsia que me invade.

E assim vou eu chorando a minha dor

ante o suplício eterno da saudade

que me mantém cativo a teu amor.

Lúcio Gama
Enviado por Lúcio Gama em 11/09/2010
Reeditado em 21/01/2012
Código do texto: T2491909
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