FIXIDADE [CCXLI]

Ninguém ponha a leilões a dor do triste;

ninguém possa querer mais se atormente;

ninguém vai tão conter um descontente,

ninguém deve nutrir-se, então, do chiste.

Alguém jamais que ceife a flor da mente,

alguém não vá bramir de dedo em riste,

alguém não deve impor o que não viste,

alguém deve exprimir o amor que sente.

Ninguém tente matar-te as esperanças;

ninguém possa só ler no inconsciente,

ninguém deve abortar nenhum intento.

Alguém deve adequar-se às suas tranças,

e alguém que vá tentar o mais que tente,

que não vou te arrancar do pensamento.

Fort., 11/09/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 11/09/2010
Código do texto: T2491427
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.