FIXIDADE [CCXLI]
Ninguém ponha a leilões a dor do triste;
ninguém possa querer mais se atormente;
ninguém vai tão conter um descontente,
ninguém deve nutrir-se, então, do chiste.
Alguém jamais que ceife a flor da mente,
alguém não vá bramir de dedo em riste,
alguém não deve impor o que não viste,
alguém deve exprimir o amor que sente.
Ninguém tente matar-te as esperanças;
ninguém possa só ler no inconsciente,
ninguém deve abortar nenhum intento.
Alguém deve adequar-se às suas tranças,
e alguém que vá tentar o mais que tente,
que não vou te arrancar do pensamento.
Fort., 11/09/2010.