JABUTICABEIRA NOIVA
Vestiu-se de branco, se desfazendo à espera,
Permitiu-se decotada aos beijos fecundos
Nem mesmo aguardou a alvura da primavera,
Havia aflorado os desejos mais profundos.
Pintou de carmim os seus seios pequeninos
Aguçando lábios carentes e lascivos
Dos desejosos que partiam em desatinos
Rumo ao seu corpo provocante e permissivo.
Com seu verde véu arrastando além da dança,
Debruando delgados ramos farfalhantes,
Às carícias e aos beijos deixou-se mansa.
O lenho prenhe que tramava a sua cintura
Arcou-se terno à volúpia dos seus amantes,
Transformando o climax em gotas de doçura.