Tatuagem

A tempo ainda, de roldão, por tudo...

De mergulhar novamente, com tato,

Impregnado desse “entregar-me” inato

Que põe entre nós o medo como escudo.

Enveredado em ti, ardo como louco,

Do teu olhar retiro meu sustento

E nossos corpos nus e juntos ao relento,

De serem um só, escapam por bem pouco.

Deixas em mim, no peito, tatuado

A marca d’um querer imenso, desmedido.

E uma pedra sobre as dores do passado.

Inédita canção brincando em meu ouvido.

Da boca prolixa, o inaudito brado.

Mistura estonteante de amor e libido.

Frederico Salvo

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Direitos efetivos sobre a obra.

Frederico Salvo
Enviado por Frederico Salvo em 09/09/2010
Reeditado em 09/09/2010
Código do texto: T2488536
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