Pronome da paz
Velejando pelas areias da Praia de Geribá,
Te observei sobre a sombra da calmaria do sol,
Tinhas beleza tanta, como as falésias de Mãe-bá,
Que ouvi como se ouve a paixão cantar o rouxinol.
E a espreita de quem queria te fazer a corte,
Esperei com paciência búdica tu me perceberes,
E quando foste se banhar estava como bravo forte,
Destemido, a apresentar-me e te admirar os viveres.
Naquela tarde, então, a cruzar-te olhares, mirei-te,
Como quem almeja a companhia de alguém especial,
Que seja no meu jardim muralhado de ipês a colorir-te.
E no banco das emoções inesquecíveis entalhei teu nome,
Como no tronco do Jequitibá-rei desenhei tua face serena,
Aquela que o tempo por lembrança a faz da paz pronome.