A imensa dor da palavra que fere
E o vão sofrimento da poesia
Torturam-me o poema que interfere
No silêncio de uma noite vazia
Distraída imaginação não infere
Tudo o que a realidade esvazia
Porque imaginar é o que se prefere
Quando a dor do que é real assedia
A poesia é um pensar que pretere
O real pela doce fantasia
Ou por aquilo que não pondere
Segue a dor dessa palavra que fere
Mas que não ofusca a bela poesia
Nem a beleza que a tudo confere
E o vão sofrimento da poesia
Torturam-me o poema que interfere
No silêncio de uma noite vazia
Distraída imaginação não infere
Tudo o que a realidade esvazia
Porque imaginar é o que se prefere
Quando a dor do que é real assedia
A poesia é um pensar que pretere
O real pela doce fantasia
Ou por aquilo que não pondere
Segue a dor dessa palavra que fere
Mas que não ofusca a bela poesia
Nem a beleza que a tudo confere