A imensa dor da palavra que fere
E o vão sofrimento da poesia
Torturam-me o poema que interfere
No silêncio de uma noite vazia

Distraída imaginação não infere
Tudo o que a realidade esvazia
Porque imaginar é o que se prefere
Quando a dor do que é real assedia

A poesia é um pensar que pretere
O real pela doce fantasia
Ou por aquilo que não pondere

Segue a dor dessa palavra que fere
Mas que não ofusca a bela poesia
Nem a beleza que a tudo confere
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 07/09/2010
Reeditado em 02/08/2021
Código do texto: T2484125
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