Soneto sem nome
Escuto impaciente teus reclamos,
E saio de mansinho sem respostas,
E assim, vitoriosa como gostas,
Sorris pra triste vida que levamos!
Se buscas causar-me sofrimentos,
É um erro crasso de avaliação,
Pois, quando saio pelo teu portão,
Começam para mim os bons momentos.
Assim, passamos dias tão vazios,
Caminhos tão diversos e dispersos;
Vivendo cada vez mais arredios:
Eu compondo tristezas com meus versos,
Tu rezando os terços te flagelas...
E a vida... se acabando em parcelas!