Ciclos XXXIII
No seu casulo morno, adormecida,
a lagartinha não sentia nada,
apenas se sentia mal, cansada,
de tudo tão distante, só, vencida.
No tumular silêncio, esvanecida,
pensou que morreria sufocada,
sem ver o sol nascer na bela aguada,
sentiu uma tristeza desmedida.
Mas nem notara, em si, as mutações,
e o tempo, que passara na ampulheta,
depressa como um rápido cometa.
Perdida na tristeza que sentira,
o tempo que passou – e que nem vira -
a transformara em bela borboleta.
Brasília, 06 de Setembro de 2010.
Livro: CICLOS, pg. 57
No seu casulo morno, adormecida,
a lagartinha não sentia nada,
apenas se sentia mal, cansada,
de tudo tão distante, só, vencida.
No tumular silêncio, esvanecida,
pensou que morreria sufocada,
sem ver o sol nascer na bela aguada,
sentiu uma tristeza desmedida.
Mas nem notara, em si, as mutações,
e o tempo, que passara na ampulheta,
depressa como um rápido cometa.
Perdida na tristeza que sentira,
o tempo que passou – e que nem vira -
a transformara em bela borboleta.
Brasília, 06 de Setembro de 2010.
Livro: CICLOS, pg. 57