SONETO D’UM MÍSERO PECADOR
Quem me dera pudesse na ultima hora,
Quando meus olhos se fizerem opacos;
E, sentir minhas forças já indo embora,
Eu pudesse juntar todos os meus cacos.
Ah! Queria ter os amigos do meu lado,
Para poder agradecê-los pela amizade;
E reunir os inimigos... Então, afastados,
E pedir desculpas, e dos erros, piedade.
E, então, como não sei qual será a hora,
Enxugo a lágrima desta alma que chora,
E, agradeço a Deus por tudo que tenho;
Agradeço a Pai por tão imensa bondade,
E ao filho que, um dia, pela humanidade,
E pelos meus pecados, morreu num lenho.