A prisão dos prazeres
A feira eletrônica do trabalhador...
Quando penso que não, volta e meia, já estou lá
Toco a superfície da alma, mas com pavor...
A confissão, no porre, na mesa de bar,
É tragicômico. Misto de riso e dor
Pra de noite, a audiência se deliciar.
Caminho às multidões, transgressores de mentes!
Eu clamo ao Uno que ouça a metade do terço!
Anseia a prisão dos prazeres aos tementes.
Por isso, o vício pelo gozo vem de berço.
À liberdade o escravo liberto se prende
E dela procura livrar-se a qualquer preço.
Refletir sobre tais verdades não me ofende.
Todos os dias, inauguro um novo começo.