Sonetil
Quando o sol clarear o dia amanhã
Vou querê-lo todo só para mim
Assim encontro a minha sorte vã
Que me protege do honesto fim
E pensar nos meus humildes refrões
Aos poucos a alma poeta absorve
Sem ajuda à obra, sem conduções
Caminhando até a lápide, sou breve
Já parando, concretizo o divã
Onde o deserto polar também ferve
Nem mesmo Eva omitiria a maçã
Porque a verdade, assim como os padrões,
Não aceita a fútil desculpa do enfim
Que à própria autora dispensa sermões