RETORNO

Retorno...

No regresso que me trazes oh saudade!
Murmurando que passo meu dorido sofrer;
Quando é na alma que a dor me invade;
Regresso chorando e sinto lágrimas verter!

Debruço na mureta de uma ditosa vaidade,
Erguendo as mãos e os olhos num descer;
Reconheço o tempo passado ainda na maldade
Presumido de a noite o mórbido escurecer!

Trazendo o sentimento de revolta, a impiedade
Cruza o caminho, torcendo a estrada a percorrer
Maldizendo exclamar: Caricias da infelicidade!

E os dias passam como as borboletas a pender;
Percebo ser a dor sua legitima especialidade,
Horrível momento, o de a vida degredada romper!

Barrinha 04 de setembro de 2010-09
antonioisraelbruno@hotmail.com