Dar corda à fantasia

Passo os dias pendurado no circo da imaginação

Sou trapezista da arte falada no realejo da alegria

Pobre saltimbanco sem eira nem beira de alma vazia

Palhaço sem direito a ego, sentimento ou emoção

Dou voltas e cambalhotas, sou ginasta acrobata

Domador de feras, na sua grande maioria humanas

Hipnotizador de serpentes, ou será de iguanas

Sou o rei da macacada, fala barato, humano/primata

Num golpe de magia, sou génio do surrealismo

Tenho mente inquieta, sou artista, ou idealista

O que trago na cartola é o dom do ilusionismo

Há um malabarismo no ato da sobrevivência

Um faquir lançador de acutilantes arremessos

Mas o espetáculo é pago, tenham lá paciência…

Fana
Enviado por Fana em 04/09/2010
Código do texto: T2478376
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