Terra cansada!
 
 
Eu sou tal qual a terra não arada
Na seca intensa que deflora o chão,
Tornando-a triste, infértil e tão crestada,
Que plantar nela é esforço vão...
 
A terra que agora está cansada,
Que não produz o trigo para o pão,
Que não tem rio, fonte, nem aguada,
E nada nela viça! Nem um grão!
 
Já fui um dia bem feliz, amada,
E duas rosas restam do jardim
Que outrora em mim viçou um dia...
 
Sou hoje como a terra degradada,
Pressinto dentro em mim o próprio fim,
Restam-me a dor, as rosas e a poesia...
 
Brasília, 04 de setembro de 2010
 
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 04/09/2010
Reeditado em 04/09/2010
Código do texto: T2477804
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