O Portal para o Amor e o Arco-Íris



Os olhos se destacavam, naquele semblante meigo.
Ele a olhava firme com suas mãos sobre o seu peito
E a colhia, tal flor, num abraço, trêmula aquele aperto...
Assim atravessaram a ponte sem remendo, nem conserto.

Não fora uma travessia qualquer, dessas curtas e vulgares…
Saíram de suas ilhas, como os pássaros saem de gaiolas
Encontraram o precioso portal, entre tantas portinholas,
Saídas menores em que se entregaram plenos, singulares.

Na outra margem estava o arco-íris e seu presente, as cores
Do pecado, que de repente se tornaram luz branca, num lampejo
O prisma os levara, na via do tempo, ardentes de desejo,
Para a seara dos versos, provas de amor mais tantos valores.

No espaço dos seus portais ainda vivem os poetas a se amar
Enquanto todos vêem o arco-íris deles sem ousar acreditar…


Ibernise
Barcelos (Portugal), 03. 09.2010
Núcleo Temático Romântico.
Ibernise
Enviado por Ibernise em 03/09/2010
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2475901
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