Primaveril amor!
Amor ingênuo! Amor primaveril!
Que enflora com as primeiras chuvas finas,
Que dançam leves como bailarinas,
Por sobre as relvas sob o céu de anil...
Amor primevo! Lindo! Juvenil!
Que não conhece o véu e nem cortinas,
Que encobrem mil estrelas purpurinas,
E não conhece o escuro e a nuvem hostil!
Amor que é feito só de luz, luar
Que não conhece a sombra triste e fria,
E da planície a imensa solitude!
Amor que tem a força de um jaguar,
Que é prenhe de candura e de poesia,
Que é feito só de paz, de plenitude!