A CAVERNA
No escuro destino que me espera te procuro
como quem tatea a parede pegajosa da caverna
e do rufar das asas esquivo e desconjuro
o morcegar limboso que aqui se iberna
Bem sei devia deixar marcas no caminho
para que a volta fosse amena e mais suave
mas empolgado pelo ascendente novo ninho
entreguei o corpo e a alma num conclave
Nasci na luz que surgiu na minha frente
e me livrei do meu passado de repente
não sei que força me puxou tão eloquente
e me atirei no interior da minha mente
fiz mil perguntas e as respostas finalmente
te apontam como minha eternamente