A CAVERNA

No escuro destino que me espera te procuro

como quem tatea a parede pegajosa da caverna

e do rufar das asas esquivo e desconjuro

o morcegar limboso que aqui se iberna

Bem sei devia deixar marcas no caminho

para que a volta fosse amena e mais suave

mas empolgado pelo ascendente novo ninho

entreguei o corpo e a alma num conclave

Nasci na luz que surgiu na minha frente

e me livrei do meu passado de repente

não sei que força me puxou tão eloquente

e me atirei no interior da minha mente

fiz mil perguntas e as respostas finalmente

te apontam como minha eternamente

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 02/09/2010
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