Sonho de uma noite de tufão
Ardem florestas em destruição
O universo impassível só assiste
O planeta azul que sucumbe triste
Sem defender-se da devastação.
Mais eis que de repente o tempo recua
E num milagre estranho traz de volta
O verde esplendor, o ar sem a revolta,
Um mar benigno onde tudo flutua.
E a América foi dês-descoberta,
A escravidão foi desinventada,
As guerras são feitas só com paus,
Gente nua anda na orla deserta,
Comida farta sendo preparada,
E o Deus único é o deus Tu-pã.
Jacques Levin
Publicado no Recanto das Letras em 14/11/2008