CANTO AO AMOR
CANTO AO AMOR
Chamaste e estou aqui cantando ao som da lira,
sem peias, sem remorsos, nariz empinado,
em poetando entendi o teu doce chamado.
Vou resoluto, para que nada interfira.
Sou eu teu poeta que ama e quer ser amado
que em seu sonho silenciosamente delira;
fala do fascínio que tua alma me inspira
no canto do verso, ao receber teu recado.
Mas quando ouço esse doce ronronar manhoso
meu peito se ufana e sinto um calor gostoso,
é como estar-se ao luar em noite serena.
Chamado mais doce que do amor, pode haver?
E nega-se um carinho a uma linda mulher?
Me espera ao palor da lua, doce morena.