Cinéreo Cisalpino
A bruma densa, branquidão no jardim
Não existe mais tempo nem dias
Mas se os tivesse definiria
Em uma manhã de domingo sem fim
Paz plena, pedras e pudins
Entreolhares, beijos e afins
Nossa pele, feito rochas em atrito
Faz-me crer que tudo pode ser bonito
Batel em bátega cintilante, eu em ti
Adentro teu templo afastando-me de mim
Teus cabelos são cortinas nos caminhos da comunhão...
Hora chora, outrora implora e ora
Aos céus que seja eterno o terno agora
E que o amor nos seja muito mais que sensação!