Ao verbo loquaz

O meu deleite é um verbo loquaz...

O meu enfeite é mais dramaturgo,

Me aceite ou me lance a expurgo,

Me rejeite se não fores tão assaz...

Não me importa teu dedo verdugo,

Neste traço é que me sinto eficaz...

Não me abala quem se julga sagaz,

A este opúsculo, as letras subjugo...

Pois é, eu gosto da escrita audaz...

Nem por isso, que a vós sub-rogo,

Para um risco que muito me apraz!

Pois, eu não teço a cartilha fugaz...

Ou ela seria como a bula do burgo,

Que condenaria esta mente voraz!

Valdívio Correia Junior, 31/08/2010

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 31/08/2010
Reeditado em 08/10/2013
Código do texto: T2471140
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