Ao verbo loquaz
O meu deleite é um verbo loquaz...
O meu enfeite é mais dramaturgo,
Me aceite ou me lance a expurgo,
Me rejeite se não fores tão assaz...
Não me importa teu dedo verdugo,
Neste traço é que me sinto eficaz...
Não me abala quem se julga sagaz,
A este opúsculo, as letras subjugo...
Pois é, eu gosto da escrita audaz...
Nem por isso, que a vós sub-rogo,
Para um risco que muito me apraz!
Pois, eu não teço a cartilha fugaz...
Ou ela seria como a bula do burgo,
Que condenaria esta mente voraz!
Valdívio Correia Junior, 31/08/2010