SILÊNCIO DO AMOR
Onde silêncio e lágrima -- ramados
Na tez: com a espinhal da lis abrida --
Despetala-se triste [dos amados
Casais] a forte flor que foi florida.
Onde silêncio e rima -- declamados
Na foz: com a poesia dorida e ida --
Desgoverna-se vida [dos remados
Canais] em que um amor jamais se agrida.
Onde se troca um riso pelo pranto,
Uma carta de amor por uma nênia
Já não existe amar para se doar
E a canção que embalou deixa-se voar
Para que haja respeito - data vênia -
Ao digníssimo AMOR sem esperanto...
(Alexandre Tambelli, 08 de maio de 2005 - 02:07h)