SILÊNCIO DO AMOR

Onde silêncio e lágrima -- ramados

Na tez: com a espinhal da lis abrida --

Despetala-se triste [dos amados

Casais] a forte flor que foi florida.

Onde silêncio e rima -- declamados

Na foz: com a poesia dorida e ida --

Desgoverna-se vida [dos remados

Canais] em que um amor jamais se agrida.

Onde se troca um riso pelo pranto,

Uma carta de amor por uma nênia

Já não existe amar para se doar

E a canção que embalou deixa-se voar

Para que haja respeito - data vênia -

Ao digníssimo AMOR sem esperanto...

(Alexandre Tambelli, 08 de maio de 2005 - 02:07h)

Alexandre Tambelli
Enviado por Alexandre Tambelli em 23/09/2006
Reeditado em 14/10/2006
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