ALMA MARGINAL

Eu sou aquele que nas madrugadas

De noites frias e de lua cheia

Por túneis, trilhos, beiras de estradas

Becos, porões e construções vagueia

Sou o poeta louco das calçadas

Das ventanias nas dunas de areia

Das horas mortas nas encruzilhadas

Do sangue contaminado na veia

Eu sou o solitário viajante

Do misterioso e do desconhecido

Do mutilado e do delirante

Sou o poeta do enlouquecido

Da prostituta aidética e gestante

Do prisioneiro, do incompreendido.

JotaCF
Enviado por JotaCF em 31/08/2010
Código do texto: T2470127
Classificação de conteúdo: seguro