As portas do tempo.
Inspirado no soneto "Bailado" de autoria do poeta Mario Roberto Guimarães.
O tempo, em nós, se lança compulsivo,
Tragando nossos sonhos se o deixamos
E muitas vezes quietos, contemplamos
Usando argumentos evasivos.
De nós, só o real concretizamos
Em lutas sem motivos efusivos
Que trazem o fechar definitivo
Das portas pelas quais ultrapassamos.
Ficando a mercê do pensamento
Buscar lá no arquivo da memória
Viver e reviver nossas quimeras.
E a vida vai passando, acelera
Contando em resumo nossa história
Que diverge entre hora e sentimento.