ETERNO AMOR
Meu sol, estrela maior de minha visão,
Ainda brilhas no céu da minha vida
Comandando mansamente meu coração.
És a minha saudade engrandecida.
Fiquei só, perdidamente inconsolável,
Sem esperanças por aí jogada
Dentro desse mundão intratável
Que não tem nada a oferecer... nada!
O tempo me leva com ele e eu vou,
arrastando-me pelas estradas cinzentas
onde o verde ficou feio, desbotou.
Ainda estou de pé, digo, em meio termo,
Ouvindo os gemidos de um presente enfermo,
Sendo observada por criaturas peçonhentas.
DIONÉA FRAGOSO