ETERNO AMOR

Meu sol, estrela maior de minha visão,

Ainda brilhas no céu da minha vida

Comandando mansamente meu coração.

És a minha saudade engrandecida.

Fiquei só, perdidamente inconsolável,

Sem esperanças por aí jogada

Dentro desse mundão intratável

Que não tem nada a oferecer... nada!

O tempo me leva com ele e eu vou,

arrastando-me pelas estradas cinzentas

onde o verde ficou feio, desbotou.

Ainda estou de pé, digo, em meio termo,

Ouvindo os gemidos de um presente enfermo,

Sendo observada por criaturas peçonhentas.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 29/08/2010
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