Retalhos de céu e mar
Hoje, uma nova estrela, no céu, inalgura
Morta e finda, brilha ainda, no céu, distante
Com feitiço, da estrela cadente, constante
Revelando-me um mar, além-mar, de aventura.
Seu brilho, cruza o horizonte, mantendo altura
E no mar, precipita-se, por um instante
Fazendo-se de perdida... De irrelevante,
Mas o firmamento foi sua desventura.
Traçei seu rumo no astrolábio, no sextante
Do castelo de proa, icei meu lançante
Desatraquei do porto da minha amargura.
Todo dia, agora, não me é o bastante...
Aprendi, pois, a ter o céu por cobertura
E a desejar por ter o mar por sepultura.