LONGA ESPERA (Beatriz Oliveira)

De outros tempos eu trago o teu vulto

Na esperança do eterno amor que aflige

E a ouvido nu, ainda hoje, ausculto,

No peito, algo que não se corrige.

Meu coração tem a mania feia

De esperar... E esperar eternamente

Por esse bem que nunca se esteia,

Que sofre, encanta, vive e mente.

Tuas sombras acompanharão, eternas,

O envolvimento dessas minhas pernas

Co'o som interno do meu peito ativo

E, enquanto as coisas ficam mais modernas,

Eu vou morrendo entre as tuas pernas.

E no passado, sinto-me mais vivo.

Beatriz Oliveira
Enviado por Beatriz Oliveira em 29/08/2010
Reeditado em 29/08/2010
Código do texto: T2466896
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.