SONETO PARA UMA ESCRAVA
para {lua nova} de TAI-PAN
Vem minha serva, curva-te a meus pés
Vem submissa, sem se reprimir
Que a obediente escrava que tu és
Veio a este mundo para me servir
Sou o teu Dono, sou o teu Senhor
Tens o meu nome escrito na coleira
Tu sabes que sem culpa e sem pudor
Deves a mim doar-se por inteira
Quero tua mente e alma de donzela
Presas na minha caixa de varejos
És meu capacho, és minha cadela
Comes no chão restos dos meus sobejos
Quando te amarro e acendo minha vela
Pingo em tua pele, mato teus desejos.