Nadar liberto
Como pode caber tanta tristeza
Em mim que sou tão irrelevante
Há tempo tens deixado sufocante
Quando vi que era bruxa, não princesa
Meu sonho tornou-se profundeza
As noites num inferno borbulhante
E minha sanidade mais distante
Folha perdida pela correnteza
Vou ao sopro do vento procurando
Um destino, saída, ou caminho
Onde possa ser mais que pensamento,
Talvez mais que sombra, mais que tormento
Quem sabe ser apenas um mar brando
Nadar liberto como um golfinho...