A TUA AUSÊNCIA DÓI

A tua ausência dói intermitente,

A sufocar meu peito desgastado;

A me prender num tempo já passado

E a um desejo tão onipresente;

A tua ausência dói bem diferente

Das dores que senti lá no passado,

Das quais eu me sentia confortado,

Pois eis que passariam de repente;

A tua ausência dói e, inconformado,

Eu sei que ela se faz minha desgraça

Ao invadir minha alma tal procela,

E também sei que é dor que já não passa,

Que se instalou no meu peito calado;

A dor da qual eu morrerei com ela.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 28/08/2010
Código do texto: T2464616
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