A TUA AUSÊNCIA DÓI
A tua ausência dói intermitente,
A sufocar meu peito desgastado;
A me prender num tempo já passado
E a um desejo tão onipresente;
A tua ausência dói bem diferente
Das dores que senti lá no passado,
Das quais eu me sentia confortado,
Pois eis que passariam de repente;
A tua ausência dói e, inconformado,
Eu sei que ela se faz minha desgraça
Ao invadir minha alma tal procela,
E também sei que é dor que já não passa,
Que se instalou no meu peito calado;
A dor da qual eu morrerei com ela.