RUAS DE MINHA TERRA
Quem me dera voltar no tempo eu pudesse,
Quando criança ia para a escola de manhã;
Imagens assim o nosso coração não esquece!
Ah! À tarde! Eram os carrinhos de rolimãs...
Os ligeiros carrinhos a escrever nas calçadas,
Lindas histórias que neste meu peito encerra;
Arranhões nos joelhos, e até calças rasgadas,
Ah! É bom lembrar... Das ruas de minha terra!
Ruas de minha terra! Aconchegantes linhas...
Em rastros de rolimãs meu coração acarinha,
Fazendo que esta, hoje, velha criança... Sorria;
E, assim... Hoje, das largas ruas de minha terra,
Em derrapagens de saudade, neste peito encerra,
Em rolimãs de versos... A mais saudosa poesia!