Obra prima



Sua alma grita aflita.
O sangue ferve, se agita.
Imagens confusas, difusas.
Nada tem nexo, tudo se mistura.
O côncavo e o convexo, o sexo.
Precisa extravasar se soltar, voar.
No sortilégio de cores vai se jogar.

A tela branca cresce, desafia.
Bela musa que chama para dançar.
As tintas se misturam ao suor.
Delírios tomam formas abstratas.
Criador e criatura se fundem.
Na tela coloca suas dores, amores.
Formando um poema de cores.

Homenagem a Elder Prates
Pintor, escritor e amigo.

Paulo Siqueira Souza
Enviado por Paulo Siqueira Souza em 26/08/2010
Reeditado em 11/10/2010
Código do texto: T2461480
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