Soneto da espera (2)
O passaredo canta alegremente,
distante canta e canta o quero-quero,
os bem-te-vis fazendo lero-lero,
o sabiá gorjeia reticente.
Os canarinhos, no jardim da frente,
enchendo o peito, trinam com esmero,
mas sinto em mim tristeza e desespero,
ao ver cair o sol, que estava ardente.
A noite vem e os pássaros se vão,
a bela sinfonia chega ao fim,
somente uma coruja triste pia.
Em cada estrela morre uma ilusão,
e o véu da noite cai pesado em mim,
pois tu não vens e a lua já me espia.
Brasília, 25 de Agosto de 2010.
O passaredo canta alegremente,
distante canta e canta o quero-quero,
os bem-te-vis fazendo lero-lero,
o sabiá gorjeia reticente.
Os canarinhos, no jardim da frente,
enchendo o peito, trinam com esmero,
mas sinto em mim tristeza e desespero,
ao ver cair o sol, que estava ardente.
A noite vem e os pássaros se vão,
a bela sinfonia chega ao fim,
somente uma coruja triste pia.
Em cada estrela morre uma ilusão,
e o véu da noite cai pesado em mim,
pois tu não vens e a lua já me espia.
Brasília, 25 de Agosto de 2010.