QUEM ÉS TU?
Odir, de passagem

Quem és tu que me surges pé de vento
a sacudir as folhas dos meus versos,
embaralhando as letras, num momento
desnudando meus sonhos submersos?

Quem és tu que apreendes pensamento
para a visão de vultos controversos?
Qual é o teu desejo, o teu intento,
quando animas amores tão diversos?

Eu não sei se versejas o que sentes
ou, do que sentes, sentes só metade,
se tens dois lados ou tens duas frentes...

Afinal, o sentido que me invade
é, na verdade, que aos amores mentes,
que mentes aos amores de verdade!

JPessoa, 25.08.10

oklima
Enviado por oklima em 25/08/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2458260
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