Rasga os meus versos
Rasga os meus versos todos, um a um,
e atira seus pedaços contra o vento,
não deixes pelo ar nenhum lamento,
pois nada têm de belo, de incomum;
ateia fogo sem pensar em nada,
pois são somente jogos de palavras,
que retirei de minhas pobres lavras,
desta minh'alma triste, gris, cansada.
Destrói, um a um, dos meus sonetos,
e nada deixes, mesmo que tu queiras,
palavras, versos, meus rascunhos todos.
São todos eles pobres, obsoletos
pois são de mim somente o pó, poeiras
precipitados meus, meus tristes lodos!
Brasília, 23 de Agosto de 2010.
Rasga os meus versos todos, um a um,
e atira seus pedaços contra o vento,
não deixes pelo ar nenhum lamento,
pois nada têm de belo, de incomum;
ateia fogo sem pensar em nada,
pois são somente jogos de palavras,
que retirei de minhas pobres lavras,
desta minh'alma triste, gris, cansada.
Destrói, um a um, dos meus sonetos,
e nada deixes, mesmo que tu queiras,
palavras, versos, meus rascunhos todos.
São todos eles pobres, obsoletos
pois são de mim somente o pó, poeiras
precipitados meus, meus tristes lodos!
Brasília, 23 de Agosto de 2010.