ESCONDIDA

ESCONDIDA

Sei que bem amas, mulher/anjo, que és encanto

e escondes esse amor entre sacros segredos,

junto com teus tabus sagrados e teus medos

a regá-los com as lágrimas do teu pranto.

Enquanto soluças e róis unhas dos dedos

rosários de dor desfias sem acalanto,

(muito embora o absinto, ele nem mereça tanto).

Choras no escaninho dos teus lençóis e enredos.

Porém, enquanto estás triste lembras um nome

e o sabes bondoso. Já falaste com esse homem

e lhe confidenciaste as angústias e dores.

Mas eis que de ti se aproxima outro varão

c’oa libido em alta e fechado o coração

pois decidiu não dar abrigo a dois amores.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 23/08/2010
Reeditado em 25/08/2010
Código do texto: T2455641
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