BRINDE

           Dedicado ao parceiro e amigo Arão Filho, pelos      mil belíssimos textos publicados.

Da vida parto, sem haver partido.
Levo todas as ilusões perdidas,
guardo embaladas as mesmas feridas,
na caixa atroz do meu interior sofrido.
 
Uma partida de um momento vão.
Mentiras púrpuras que sequer vivi,
confusão mental do que não sofri,
um saldo fantasioso em que estou então.
 
Saio de mim, em debandada voraz,
pisando caminhos feitos de espinhos,
insana que sou - amante contumaz...
 
Vou percorrer lugares onde eu possa,
chorar sozinha os nossos descaminhos.
Uma festa de lágrima à dor nossa.
 
 
 
Imagem Google
 

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 23/08/2010
Reeditado em 24/08/2010
Código do texto: T2455562
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