CAMINHO VERSIFICADO
Eu derramo versos no meu caminho,
Com um gosto de sal e de gaivotas.
Desfio segredos em um pergaminho;
Entre céu, terra e mar desenho rotas.
Deixo o vento transportar meus poemas,
Além das borboletas sem quintais;
Porque ele vem com cheiro de alfazema
E leva até meus sonhos ancestrais.
Eu faço dos versos minha calçada
E me deixo levar pela poesia,
Sem me importar se poderei cair.
Mesmo que minha verve rodeie o nada,
Quero apenas, ao clarear do dia,
Estender meus versos num ir e vir.
(Luciene Lima Prado)