DESABAFANDO
Dotado de tanto amor,
Sou um mero passageiro,
Dessa agonia instalada,
Do amor tão verdadeiro.
Dominado por esse revés,
Sou um mero peregrino,
Dessa estafa universal,
Que agride o desatino.
Entregue a esse caos,
Recebido a pedras e paus,
Na agressão desmedida.
Refeito da insensatez,
Não tenho hora nem vez,
De barganhar com a vida.
2.010