Insensatez
Quis o destino assim! E assim se fez!
Que foste tu, meu bem, minha alegria.
Todo um querer, enfim, sem um talvez,
Sonho dos sonhos, sim! Minha utopia.
Quis o destino, sim! Mais uma vez!
Deu-te a mim, porém, só em poesia.
E em vida, jaz, Amor, és minha “Inez”.
E assim se fez. Que insensatez! Que covardia!
Em desatino, sim! Pus-me a sonhar.
Prefiro assim, Amor, não acordar,
Que em verdade, ver, o não ti ter
Não sigo só e, sim, com a liberdade,
Que faz de ti, amor, realidade.
Tanto gostar, poder te amar. E, então, viver!