Eis a hora

Vate, é hora de ser, mais que ter. Eis a senha.

É chegado o momento e não podes calar,

Tens a força do verso e esse teu versejar

é teu brado, teu grito, e não mais se contenha

em teu peito o clamor. que amanhã não te venha

a cobrança dos teus. Não permitas cobrar

que ficaste calado ao clamor popular.

Tens a pena e o papel, tens o fogo e a lenha.

E é chegada essa hora. Abre a boca em teu grito,

abre o teu coração e ilumina o teu mundo,

esse povo que está - ou parece - perdido.

É chegada essa vez de acabar todo o mito

e tu tens no poema o teu brado profundo.

É preciso mudar! Que te faças ouvido.

20/08/2010