Recôntico de afim
Enquanto tu dormes, digo que se guardas...
Para a paixão que se recama em meu rosto,
Já que sabes que quando te vejo, são fadas,
Que colorem de tinta meu riso de bom gosto!
Se tiver medo de te revelar tudo a público,
Peço que entendas, pois não é a ética a vilã,
É a moral que me açoita para ser mais pudico,
Dos valores sociais que esqueço em teu afã.
Exilo-me então no platonismo de meus versos,
Para caracterizá-la sempre, como tu mereces,
Estar em meu sonho, no trono dos meus desejos!
Mas enquanto tu não me ergueres tua mão...
E dizeres o quanto me quer, estarei silente,
Ao teu lado, te esperando em meu coração!