A Espera

Eu que pensava ter na vida tudo,

Cabeça erguida de orgulho andava.

Antes de ti, tudo era vil, passava.

Era o igual, o chato, o sisudo.

Agora vejo o meu pensar desnudo,

E um coração cuja razão vagava

Num sentimento que sempre negava

A se livrar de tão fiel escudo.

Vi-te; e, então, pela primeira vez,

Toda verdade veio a mim e fez

Abrir os olhos para um novo mundo.

Uma certeza me manda esperar

Que o meu dia, logo, irá chegar.

E eu viverei feliz, cada segundo!